terça-feira, 26 de novembro de 2013

Bonito demais pro meu gosto. E sabe que é lindo, isso que é o pior. Tem completa noção de que consegue a proeza de ser gato, sexy, charmoso,ter um jeito só dele e ser bom de papo e inteligente ao mesmo tempo, e sem esforço. Insuportável. Não se pode ser tudo isso numa vida só, meu filho. Mesmo que você consiga, não pode, é praticamente uma regra de convívio social. A sociedade não aceita. Eu não admito. Acho um abuso e pronto. Finjo, quietinha, que toda essa perfeição de olhos conquistadores não me abala, não me afeta, não me atravessa e desestrutura. Ensaio no mínimo dez vezes cada frase, pra tentar soar indiferente ou simpática e só. Nem sempre dá certo, mas aí a culpa não é minha. Ele andando, já me desanda. Ele fala, fala, fala e eu só consigo pensar que isso não devia ser permitido, devia ter lei contra, sei lá. O inferno todo é que ele sabe. Sabe bem do poder que tem. Usa e abusa, faz refém. Azar de quem precisa resistir, relutar, forçar uma normalidade que não existe. Problema de quem tem que tratar tudo isso com a casualidade de ser só alguém do dia a dia, sem muita importância, pra não parecer afetada. Pra não transparecer encantada, como todas as outras meras mortais que se encantam naquele jeito de olhar pra cima quando pensa. De longe, a promessa de encrenca mais deliciosa da minha vida. Então pode fazer tipo, cena e cara de mau, que eu me viro. Vem pra mim e deixa comigo. Que Deus não me proteja de você.

sábado, 23 de novembro de 2013

E, no meu céu, o teu sorriso é a estrela mais bonita!


E por falar em perdas e ganhos, alguém notou que perdemos nossa capacidade de nos emocionar? Parou para pensar que gostar de alguém caiu em desuso? Que contemplar a lua cheia virou demodê? Que amar é caretice? Que ficar em casa sábado a noite é um passaporte para as fraldas geriátricas? Que o que poderia ser paz, encaramos como tédio? A constar, alguém aí anda preocupado com a possibilidade de não suportar a própria companhia caso a internet dê pau e o mundo pare de girar por alguns minutos?

— Gabito Nunes. 

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

“Sobre o amor? Amor é não querer desligar-se nunca do abraço. É sentir saudade todos os dias, inventar assunto pra não ter que desligar o telefone. É xingar. Rir de chorar. É alertar, preocupar. É dividir cobertor, espaço na cadeira de balanço ou um pedaço do sofá pequeno. É esquentar a mão, fazer cafuné, dormir no colo um do outro. Amor é saber esperar, esperar esper… É não saber se explicar. Sentir medo, ser cúmplice, ter coragem. É sair de casa no meio da noite e se encontrar escondido. É sonhar a semana toda com o fim de semana e o mesmo cheiro, o mesmo abraço, o mesmo beijo. É dar gargalhadas, colocar de castigo, estralar os dedos um do outro, mesmo sabendo que isso vai doer. É provocar, morder a bochecha e lamber o nariz. É fazer cara de nojo, pirraça, chantagem. É agradar. Não ter medidas. É não cansar. Não cansar da voz, do desespero, da rotina. É ter alguém, um amigo, um fonte, uma força. É ter você. É ser a gente.”



“Talvez haja alguma coisa que você tem medo de dizer, ou alguém que você tem medo de amar, ou algum lugar que você tem medo de ir. Vai doer. Vai doer porque é importante.”

John Green. 

segunda-feira, 4 de novembro de 2013


"(...)é um cara que não tem noção de como você gostaria de estar ao lado dele num final de semana qualquer..." Tati Bernardi


Tenho pena de quem me conheceu depois de você, assim, desacreditada. Dá vontade de falar “desculpa, é que já passou alguém por aqui e levou tudo.”
 Soulstripper